Neste dia de 5 de Junho de 1826, nasce em Macau, Marciano António Baptista, considerado o melhor pintor de Macau do século XIX.
Marciano António BaptistaA mãe, Ana Lauriana, era já viúva de Manuel Joaquim Baptista e a criança tinha 12 anos quando entrou no Colégio/Seminário de S. José, a 30 de Junho de 1838, para estudar gramática portuguesa.
Em 8 de Julho de 1848 casou com Maria Josefa do Rosário.

Templo de A-Má Marciano A. BaptistaTEMPLO DE A-MÁ
Desenho a pena a tinta castanha e aguarela sobre papel, com esboço subjacente a lápis (Museu de Arte de Macau) (1)

Considerado o maior artista macaense até ao século XIX, foi fotógrafo, pintor e cenógrafo, com vasta obra espalhada por colecções particulares e estatais em Macau, Hong Kong e Camberra.
Discípulo de Chinnery (2) (primeiramente seu ajudante na feitura de tintas) dele terá recebido a técnica paisagística inglesa, que tanto influenciou as suas aguarelas. Amigo de outro famoso discípulo de G. Chinnery, Lamqua, de quem foi vizinho em Hong Kong, aí vem a falecer em 18-12-1896, deixando viúva e 12 filhos. A sua obra é fundamentalmente, um encontro entre a sensibilidade e as técnicas, ocidental e oriental (3)

(1) Catálogo da Exposição “ Quadros Históricos de Macau do Século XIX”.
(2) George Chinnery (1774-1852) chegou a Macau, vindo da Índia, em 1825, e durante a sua estadia de 27 anos, sempre com base em Macau, encorajou vários pintores como Thomas Watson (1815-1860), Marciano António Baptista (1826-1896), e também um pintor de origem chinesa, Lamqua, também conhecido por Kwan Kiu Cheong (1801-1854).
(3) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Volume 3, 1995.