Este opúsculo (como lhe chama o autor) (1) é constituído por dois relatos de Macau “comentados” pelo Padre Manuel Teixeira. Das páginas 1 a 52, apresenta pequenos excertos do volumoso Diário (de sete volumes) da estadia em Macau (2) da escritora Harriet Low, (1809-1877), nascida em Salem, Massachusetts (U.S.A.) (3). Chegou a Macau em Setembro de 1829 quando tinha 20 anos de idade (tornando-se, assim, a primeira jovem americana, de que há registo, a visitar a China) (4) no navio Sumatra e regressou a 1834 à sua terra natal, a bordo do Waterloo.
“Sunday, May 24, 1829: Embarked on board the Sumatra bound to Manila, and thence to Macao, where I shall probably take up my residence for the next four years; and for you, my dear sister, shall this journal be kept. I left home at five o’clock (in the morning) with feelings not to be described or imagined but by those who have been placed in a similar situation.”
— Harriet Low’s journal
Nas páginas 53 a 57, encontram-se as cartas (depositadas no “The Essex Institute Historical Colections, Vol LXXXVI, January 1950, Salem, Mass”) de Rebecca Chase Kinsman que esteve em Macau, 10 anos depois de Harriet (1843) (5)
Harriet Low viveu em casa do seu tio, Williams Henry Low, (1795-1834) que era então o chefe da firma Russel & Co., no Pátio da Sé (o Padre Teixeira menciona às vezes Largo da Sé), ao alto da Calçada de S. João, no prédio n.º2.
O Diário é constituído por cartas que eram enviadas à sua irmã mais velha Molly (1808-1851), posteriormente reunidos e publicados pela filha, Katherine Hillard, em 1901.
View of Two Bays, Macau, ca. 1830 (7)
Unknown Chinese artist
NOTA: anteriores referências a esta escritora:
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/harriet-low/
(1) TEIXEIRA, Padre Manuel – Macau no Séc. XIX Visto por uma Jovem Americana. Direcção dos Serviços de Educação de Cultura, 1981, 59 p.
(2) Está na Biblioteca do Congresso de Washington.
(3) Nascida a 18 de Maio de 1809 e falecida a 1877. O Padre Teixeira neste livro atribui o seu nascimento ao dia 24 de Maio de 1809.
(4) Aconselho a leitura dos artigos de Rogério Miguel Puga “ Interpreting Macau through the Journals of Harriett Low an Rebecca Chase Kinsman” em
http://www.academia.edu/867552/Interpreting_Macao_through_the_Journals_of_Harriett_Low_and_Rebecca_Chase_Kinsman e
“A Vivência Social do Género de Macau Oitocentista no Diário de Harriet Low (Hillard)” file:///C:/Users/Jorge/Downloads/A%20vivência%20social%20do%20género%20de%20Macau%20oitocentista%20no%20diário%20de%20Harriet%20Low%20(Hillard).pdf
(5) Rebecca Chase Kinsman (1810-1882) mulher de Nathaniel Kinsman (1798 – morreu em Macau a 1 de Maio de 1847, capitão e mercador, natural de Salem , Massachusetts, colocado em Cantão na firma “ tradins house of Wetmore and Company”) acompanhou o marido (e dois filhos) em 5 de Julho de 1843 para Macau e depois Cantão. Regressou após morte do marido tendo casado em 1865 com Joseph Grinnell (1788-1885).
Rebecca Chase Kinsman, ca.1842, by Charles Osgood.
Credit: Silk Damask. (8)
(6) http://en.wikipedia.org/wiki/Harriet_Low
(7) http://ocw.mit.edu/ans7870/21f/21f.027/rise_fall_canton_04/gallery_places/pages/cwM_1830c_M975102_TwoBays.htm
(8) http://hongkongsfirst.blogspot.pt/2012_02_01_archive.html
Aconselho artigo interessante sobre “Rebecca Kinsman and the Architecture of Macao, 1843–1847” de Kimberly Sayre Alexander e pode consultá-lo em:
http://worldhistoryconnected.press.illinois.edu/11.1/forum_alexander.html
Outro livro com interesse é o de Rosemary Wank-Nolasco Lamas
“Everything in Style: Hariet Low´s Macau.” (2006, The Asian Review of Books.)
Pode-se ler a recensão literária de Valery Garrett em:
http://www.asianreviewofbooks.com/new/?revID=715
[…] para dirigir a firma e iniciar uma nova fábrica nesta cidade. Ver anterior referência em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/17/leitura-macau-no-sec-xix-visto-por-uma-jovem-america… (2) “A família compõe-se de Lejee e do contabilista Whitney, sendo este de Nova-York; os […]
[…] de TEIXEIRA, Padre Manuel – Macau no Séc. XIX visto por uma jovem americana, pp. 56/57. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/03/17/leitura-macau-no-sec-xix-visto-por-uma-jovem-america… (4) “Não repetia ah! Má, mas O Mi To Fo, isto é, AMITHABA, buda invocado por eles” […]