Exibiram-se nestes dias, os filmes (mudos) portugueses – “O Soldado desconhecido” (1) e “A Rosa do Adro” (2) no Teatro D. Pedro V.
Lembrar também que foi nesse ano de 1924, realizado uma curta metragem em Macau (documentário, mudo) com o título «Macau» produzido e realizado por M. Antunes Amor, infelizmente desaparecido. (3)
(1) “Raul de Caldevilla (1877-1951) acaba por se envolver no cinema como profissional e, com importantes apoios bancários, funda no Porto uma empresa, no nº 32 da Rua Formosa, a Raul de Caldevilla & Cia. Lda., que ficará conhecida por Caldevilla Film (1916), São sócios seus Eduardo Kendall, João Manuel Lopes de Oliveira e António de Oliveira. É gerente da firma até 1922. A empresa começa a produzir documentários. Um motivo badalado dá origem a um primeiro filme: Homenagem ao Soldado Desconhecido, rodado a 9 de Abril de 1921, sobre a chegada do Soldado Desconhecido a Lisboa e trasladação para a Batalha. Castello Lopes estreou-o a 12 de Abril, no “cinema Condes”, em Lisboa. O filme, reportagem da Invicta Film, incluia as cerimónias no Havre, em Lisboa e na Batalha; chegada do Marechal Joffre, o cortejo em Lisboa, recepção na Batalha e aspectos de Leiria; estreia no Porto: Jardim Passos Manuel, em 13 de Abril” .http://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_de_Caldevilla e http://cvc.instituto-camoes.pt/cinema/cronologia/cro023.html
Poderá ver este documentário em: http://www.cinemateca.pt/Cinemateca-Digital/Ficha.aspx?obraid=2747&type=Video
(2) Trata-se do filme mudo «A Rosa do Adro», uma das primeiras produções de Georges Pallu, de 1919, (adaptação do romance de Manuel Maria Rodrigues) (75 m). Teve estreia em Portugal, no cinema Olympia, em 27 de Outubro com Duarte Silva, Maria de Oliveira, Carlos Santos e Erico Braga.
“«A Rosa do Adro» foi um enorme sucesso (talvez o maior da Invicta) e circulou comercialmente, pelo menos, em França e no Brasil. Para o perfil de Rosa do Adro, Pallu escolheu uma estreante sem experiência de teatro ou de cinema – Maria de Oliveira, na vida real professora da filha do realizador. João Bénard da Costa considera-a, em certo sentido, como a primeira actriz cinematográfica portuguesa (Histórias do Cinema).”
A Rosa do Adro, de Georges Pallu (Col. Cinemateca Portuguesa)
http://www.amordeperdicao.pt/basedados_filmes.asp?filmeid=265
Uma nova versão foi filmada em 1937, em Ponte de Lima, com realização de Chianca Garcia, produção de Artur Duarte e com os actores, Maria Lalande, Oliveira Martins e Tomás Macedo. Estreia 3 de Fevereiro de 1938 no cinema Trindade, 92 minutos.
http://www.imdb.com/title/tt0030697/
(3) Referente a Manuel Antunes Amor ver
https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/23/leitura-macau-a-cidade-mais-pitoresca-do-nosso-dominio-ultramari-no-ii/
Como NOTA, há uma entrada de 08-02-1924 na “Cronologia” da Beatriz Basto da Silva em que se salienta um “Pedido de L. Maria Borges, Gerente da Empresa Cinematográfica «Macaense» para lhe ser concedido o exclusivo da exploração da indústria cinematográfica nesta colónia”
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7)
[…] referências a filmes portugueses que se exibiram em Macau: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2014/02/09/noticias-de-9-e-10-de-fevereiro-de-1924-cinema-portu… https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/02/12/folhetos-de-cinema-teatro-vitoria-ii/ (1) […]