No ar imóvel a pedra começa.
Sou-lhe fiel pelo seu aroma.
Vim de longe para tocar o fogo
da sua geometria sem fronteiras.
Pedra ferida. pedra acariciada.
Pedra profunda. Subindo alto.

Eugénio de Andrade (1) (2)

Templo de Á Má DSTMTemplo de A-Má – Barco Pintado na Rocha  (Postal da Direcção dos Serviços de Turismo de Macau. Lito: Imprensa Nacional de Macau, sem data impressa)

Pequeno Caderno do Oriente Eugénio Andrade(1) Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, (1923 – 2005), esteve em Macau, em Outubro de 1990, tendo escrito 12 pequenos poemas, apontamentos e textos em prosa poética, publicados em “Pequeno Caderno do Oriente”. A obra foi ilustrada pelo arquiteto e artista plástico Carlos Marreiros e publicada na Revista de Cultura de Macau em Novembro de 1993. Posteriormente, a obra foi traduzida em inglês por Rui Cascais e em chinês por Yao Jingming (3), sendo editada em 2002 por iniciativa do Instituto Camões, Instituto Cultural da RAEM e Instituto Português do Oriente.
(2) ANDRADE, Eugénio de –  Pequeno Caderno do Criente. (Notebook of the Orient: 東方札記),  des. e il. Carlos Marreiros; trad. Rui Cascais, Yao Jingming. Macau: Instituto Camões, Instituto Cultural da RAEM, Instituto Português do Oriente, 2002, 106 p. ; 30 cm.
(3) Yao Jingming traduziu para chinês outras obras de Eugénio de Andrade nomeadamente:
Uma Antologia de Eugénio de Andrade.  Poetry & People, Guangzhou, 2004.
O Outro Nome da Terra. Cultural Institute of Macau & Flower Mountain Literature Press, Macau/ Shijiazhuang, 1994.
Com as Palavras Amo. Instituto Cultural de Macau, 1990.
NOTA: aconselho a leitura de “Despedida e Desprendimento no pequeno caderno do oriente de Eugénio de Andrade” de António José B. Menezes Jr em
http://www.revistas.usp.br/desassossego/article/view/47392