Anúncio do jornal (anunciava-se como “ «PERIÓDICO, REPUBLICANO INDEPENDENTE») “O LIBERAL”, em 1922.
Este jornal iniciou a sua publicação a 3 de Maio de 1919. O proprietário (também editor e director) foi Constâncio José da Silva (1) e publicava-se duas vezes por semana (às quintas-feiras e aos domingos) (2)
Tinha como secretário, D. G. da Rosa Duque (3) e administrador, Elísio das Neves Tavares. Tinha agentes e correspondentes em Hong Kong, Shanghai, Tientsin, Amoy, Cantão, Manila, Soerabaya, Timor, Kobe e S. Francisco da Califórnia.
O número avulso custava 15 avos e “as assinaturas eram pagas em notas de bancos europeus e cobradas adiantadamente”.
Os anúncios no jornal custavam 50 avos por cada polegada de coluna, ou fracção de polegada, com 50 % de desconto caso haja repetição.
A redacção, administração e a tipografia ficavam na Rua da Praia Grande, n.º 55 com o telefone n.º 127.
O periódico tevê curta duração, terminou em 29 de Janeiro de 1924 (4)
(1) Constâncio José da Silva, tinha sido o director da “Verdade”, periódico anticlerical, que foi contra “o pedido de certas forças locais” para a manutenção, em solo macaense, das congregações religiosas após a implantação da república, em 1910. Refere Beatriz Basto da Silva que Constâncio José da Silva que se mostrou sempre anticlerical, morreu em Shanghai, convertido e confortado com os sacramentos da Igreja.
Recordo que Constâncio José da Silva era advogado e interveio no episódio dos piratas em Coloane e relatado em
https://nenotavaiconta.wordpress.com/tag/constancio-jose-da-silva/
Por curiosidade, é o mesmo Constâncio José da Silva que foi incumbido em 5 de Julho de 1919, para remodelar e reger a Banda Municipal. Há uma indicação de um actuação da banda, em 3 de Março de 1929, num concerto no Teatro D. Pedro V (5)
(2) Luís G. Gomes refere “O LIBERAL” como um semanário. (4)
(3) Domingos Gregório da Rosa Duque foi editor e director do semanário «O Combate» iniciado em 06-02-1923 (foi até 21-10-1926) e fundou em 1931 o jornal «A Voz de Macau». (5)
(4) GOMES, Luís G. – Efemérides da História de Macau. Notícias de Macau, 1954, 267 p.
(5) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau. Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude de Macau, 1007, 454 p. ISBN-972-8091-11-7
[…] (1) Macau e o seu porto artificial. Publicação coordenada e autorizada pelo Vice-almirante Hugo de Lacerda, Director das Obras do Porto (colaboração artística e fotográfica de Barbosa Pires). Macau, 1922, Tip: Mercantil – N. T. Fernandes e Filhos. Rua Central Nos. 26 e 28, 84 p. + 16 p. anúncios, 23,5 cm x 15 cm. Anteriores referências a Hugo C. de Lacerda e ao Porto de Macau https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/05/27/leitura-a-necessaria-morigera-cao-dos-costumes/ https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/04/27/o-projecto-do-porto-de-macau-em-1925/ Do periódico “O Liberal” ver em: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/08/10/anuncio-jornal-o-liberal/ […]