Portugal no Extremo Oriente VIIcontinuação de (1), (2) e (3)
“…
Com o nosso desdem pelas cousas coloniaes não demos governador á cidade já poderosa. Os holandezes quizeram bombardear a terra portugueza, que foi  defendida. Segunda vez tentaram o assalto, que o macaista Thomaz Vieira repelliu, e assim, de tempo a tempo, os chinezes iam tomando folego, buscando intervir no que era nosso, encontrando pela frente apenas os teirares da gente burgueza do Leal Senado, a ponto de estabelecer, em 1688, um hopa, alfandega, na região, sem que lhe resistissemos.

Portugal no Extremo Oriente XIIJardim do Lu-cau (vista interior) (4)

D´ahi  as exigências continuas, os escarneos, as negociações frouxas, a que só uma embaixada pomposa de D. João V devia pôr termo, para d´ahi a pouco voltarem as pretensões.

Portugal no Extremo Oriente XIIIFortaleza da Taipa

Macau era anciosamente desejada pelos chinezes. Não queriam que construissemos estradas, obrigavam-nos a expulsar do porto os navios que lhe faziam sombra ao seu commercio, arrasavam o que se erguia, prohibiam aos chinezes que pegassem nas nossas cadeirinhas e foram até ao ponto de protestarem energicamente contra a abertura que decretámos em virtude de vêrmos desviado o commercio para Hong Kong recentemente formado…”.

Portugal no Extremo Oriente XIV “Vista geral da Villa da Taipa”

(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/15/leitura-portugal-no-extremo-oriente-macau-i/
(2) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/05/05/leitura-portugal-no-extremo-oriente-macau-ii/
(3) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/05/10/leitura-portugal-no-extremo-oriente-macau-iii/
(4) O «Jardim das Delícias» ou «Yu Yun» ficou conhecido por «Jardim de Lou Kao» ou de «Lou Lim Ioc», filho mais velho de Lou Cheok Chin (1837-1906), personalidade de relevo na via pública de Macau. Fixara residência em Macau no ano de 1870 e tornou-se num abastado comerciante mandando construir um jardim ao estilo dos jardins chineses do século XIV nas ainda pantanosas várzeas do Tap Seac, que transformou em fermoso lago.
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XIX, Volume 3. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1995, 467 p. (ISBN 972-8091-10-9)