A Tipografia Mercantil N. T. Fernandes e Filhos conforme indica este anúncio, publicado em 1922, foi fundada em 1855 (1). Foi seu fundador Nicolau Tolentino Fernandes (1823-1893) e sucedeu-lhe no cargo, seu filho Jorge Carlos Fernandes.
A importância desta Tipografia para além de todo o tipo de “trabalho tipográfico em todos os géneros” (e muitas outras impressões, conforme se anuncia) foi a empresa encarregada de imprimir o Boletim do Governo, a partir de 8 de Janeiro 1879 (8 de Janeiro) assim como outros impressos oficiais (2), até 1 de Janeiro de 1901 (data da cessação do contrato com Jorge Carlos Fernandes (3)
Este anúncio da mesma data (1922), já apresenta o filho do fundador, Jorge Carlos Fernandes como “gerente e comproprietário” e indica como local da empresa: Rua Central n.º 26 e 28.
Há uma nota, na “Cronologia da História de Macau” da Dra. Beatriz Basto da Silva (4) salientando que, em 21 de Janeiro de 1889, a Tipografia Mercantil tinha mudado as suas instalações para a casa N.º 1 da Rua de S. Lourenço e N.º 5 da Rua dos Prazeres.
(1) Beatriz Basto da Silva (4) aponta para 1868 o inicio da Tipografia. “1868 – Começa em Macau, com um pequeno prelo a Tipografia Mercantil…”
(2) O contrato é elaborado a 26-02-1890 entre o Estado e Nicolau Tolentino Fernandes (4)
(3) “16-11-1900 – José Maria Horta e Costa publica a criação da Imprensa Nacional de Macau que estará pronta a funcionar a partir de 1 de Janeiro de 1901, cessando nesse dia o «contrato celebrado com Jorge Carlos Fernandes para a impressão do Boletim Oficial da Província de Macau» “
“01-01-1901 – Fundação da Imprensa Nacional de Macau, ficando os serviços instalados num edifício da Calçada do Bom Jesus. Até aí as publicações oficiais eram impressas em tipogafia particular…”
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7)
(4) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XIX, Volume 3. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1995, 467 p (ISBN 972-8091-10-9)
[…] Mais um anúncio, este de 1938, da Tipografia Mercantil N. T. Fernandes e Filhos. Sobre a importância e a “história” desta casa industrial (“uma das mais antigas casas industriais portuguesas do Extremo Oriente” ) consultar anterior “post”: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/04/anuncios-tipografia-mercantil-de-n-t-fernandes-e-filh… […]
[…] (1) Sobre este almirante: Hugo Carvalho de Lacerda Castelo Branco, ver: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/05/27/leitura-a-necessaria-morigera-cao-dos-costumes/ (2) SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau Século XX, Volume 4. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, 2.ª Edição, Macau, 1997, 454 p (ISBN 972-8091-11-7) (3) ALVES, João Carlos; PIRES, João Barbosa – Macau e a sua Primeira Exposição Industrial e Feira. Com uma breve notícia do Porto. Macau, 1927. Tip. Mercantil da N. T. Fernandes e Filhos, 39 pp., 23 cm. (4) Segundo informações da revista “Ilustração”, donde foram retirados estas fotos, “o rendimento diário do aluguer de sete barcos em serviço neste lago é de cerca 1 200$00.”~ (5) Sobre a Tipografia Mercantil da N. T. Fernandes e Filhos, ver: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/04/anuncios-tipografia-mercantil-de-n-t-fernandes-e-filh… […]
[…] (3) sobre esta Tipografia ver anteriores “posts” em https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/04/anuncios-tipografia-mercantil-de-n-t-fernandes-e-filh…/ (4) […]
[…] “Quando se fala, entre nós, de “embarcações chinesas”, é uso designarem-se genéricamente, por lorchas ou juncos, e só os livros que ao Oriente se referem, descrevendo os singulares festejos marítimos ou a promiscuidade da população flutuante – não no sentido que é norma empregar-se econòmicamente, mas aquele que significa estar sobre a água, apontam ainda o barco de festejos, (Chi-tong-téang), o tancar e a sampana. Ora, a diversidade de embarcações chinesas é grande, não tanto no aspecto – que , à parte os exemplares indicados e alguns outros, a olhos leigos e à primeira vista idêntico se apresenta , – mas em pormenores e particularidades derivados das suas aplicações. E note-se, só falo das embarcações do Sul; destas, as que visitam Macau, Hong Kong, Suatau e os portos fluviais ais próximos, pois se alargasse este breve exame, desde a China Francesa até ao Norte do canal da Formosa, ao Yang-Tzé e sobretudo ao Mar Amarelo, muito mais certamente haveria a dizer…” (1) Fotos do livro COLOMBAN, Eudore de – Resumo da História de Macau, 1927 https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/10/10/leitura-resumo-da-historia-de-macau/ (1) CARMONA, Artur Leonel Barbosa – Lorchas, juncos e outros barcos usados no sul da China : a pesca em Macau e arredores, 1985. https://nenotavaiconta.wordpress.com/2013/04/04/anuncios-tipografia-mercantil-de-n-t-fernandes-e-fil… […]