“O procurador oficiou ao mandarim tchó-t´óng (1) que não tendo sido dado providência ao roubo cometido na pessoa do zoólogo dinamarquês Bebu da fragata Galathea, por quatro chineses, na falda da colina da Guia que os soldados receberam ordens do Governador Amaral (2) para fazerem fogo sobre qualquer chinês que desse indício de querer roubar, ficando o mandarim responsável por qualquer resultado”.(3)
“Galathea expeditions comprise a series of three Danish ship-based scientific research expeditions in the 19th, 20th and 21st centuries, carried out with material assistance from the Royal Danish Navy, with regard to the second and third expeditions, under the auspices of the Danish Expedition Foundation. All three expeditions circumnavigated the world from west to east and followed similar routes. The first Galathea Expedition took place from 1845 to 1847 and had political and scientific objectives. It was initiated by the King of Denmark, Christian VIII, with its main purposes the handover of the Danish colonies in India, following their sale to the British East Company, as well as a final Danish attempt to explore and recolonise the Nicobar Islands in the Indian Ocean. Additional aims were the expansion of trade with China and the discovery of new trading opportunities, as well as making extensive scientific collections …(…)
The Galathea proceeded to Southeast Asia, calling at Penang, Singapore, Batavia and Manila, before heading for the Chinese coast and visiting Hong Kong, Macau, Canton, Amoy and Shanghai” (4)
(1) Tso- Tang segundo Beatriz Basto da Silva
SILVA, Beatriz Basto da – Cronologia da História de Macau, Séculos XIX, Volume 3. Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Macau, 1995, 467 p., ISBN-972-8091-10-9
(2) João Maria Ferreira do Amaral, (1803- 1849), governador de Macau de 21 de Abril de 1846 (data da tomada de posse) a 22 de Agosto de 1849, data do seu assassinato nos terrenos perto da Porta do Cerco. Em consequência da Primeira Guerra do Ópio, a Inglaterra fundou a colónia de Hong Kong, que se tornou o porto ocidental mais importante na China. Estes acontecimentos levaram o governo de Portugal, em 1844, a decidir tornar Macau uma verdadeira colónia portuguesa. Em 1845, a cidade foi declarada um porto franco e tornada independente do governo da Índia, ao qual estava sujeita até então. Macau tinha até então duas alfândegas: a portuguesa, que cobrava impostos sobre o comando dos navios nacionais, constituindo a única renda pública de que se pagava aos funcionários da cidade; e a chinesa (o Ho-pu), cujos impostos eram cobrados pelos mandarins do Império Chinês. O Governador Ferreira do Amaral expulsou os mandarins de Macau, aboliu a alfândega chinesa (proclamação de 5 de Março de 1849, dando execução ao Decreto de 20 de Novembro de 1845 que no seu art.º 1.ª citava: Os portos da cidade de Macau, tanto o interino, denominado do rio, comos os exteriores da Taipa e da Rada, são declarados portos francos para o comércio de todas as nações, e neles serão admitidas a consumo, depósito de reexploração de todas as mercadorias e géneros de comércio , seja qual for a sua natureza.), pôs fim ao pagamento de tributos e impostos (de entre os quais o aluguer de Macau) às autoridades chinesas, abriu os portos, construiu estradas nos campos anteriormente vedados pelos chineses (estrada até à Porta do Cerco), ocupou e fortificou a ilha da Taipa, lançou tributos e reorganizou os serviços públicos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Maria_Ferreira_do_Amaral_(Governador_de_Macau)
(3) GOMES, Luís Gonzaga – Efemérides da História de Macau e da História dos Portugueses na China. Mosaico, Vol II, n.º 10, 1951
(4) http://en.wikipedia.org/wiki/Galathea_expeditions
[…] https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/06/23/noticias-de-22-06-1846/ (2) Henry Keppel – capitão da marinha inglesa. (3) Henry Keppel e os seus marinheiros […]