Pequeno trecho da II Conferência da Sociedade de Geografia de Lisboa, feita pelo sócio Jayme do Inso, intitulada “O presente e o futuro de Macau” e publicada no Boletim da mesma Sociedade (n.º 3-6 – Março-Junho, Série 38ª -1920), pp. 17-45.
“2 avenidas, 139 ruas, 20 largos, 3 praças, 35 calçadas, 115 travessas,99 pateos, 4 rampas, 80 becos, 6 escadas, 1 ramal, 1 adro, 1 mercado, 1 ilha, 3 povoações, 5 estradas, e 1 horta; e apezar de todas as contrariedades que pesam sobre a colonia, manifesta-se uma certa tendencia para aumentar o número de edificações.
Pelo mesmo Recenseamento, referido a 10 de Fevereiro de 1910 (data de ano novo china), a população total da Província, Macau e dependências, incluindo-se nestas as ilhas de D. João e Vong-Cam é de cerca de 75.000, cabendo 56.000 a parte terrestre e 19.00 a marítima.
Em número redondos, 3.600 são portugueses, 71.000 chinezes e 244 estrangueiros, cabendo só ao concelho de Macau, respectivamente, 3.500, 62.700 e 240, ou sejam um total de cerca de 66.500, dos quais 17.000 formam a população marítima do porto de Macau.
Dos portugueses, 2571 são macaistas, 134 naturaes doutras colonia e 896 da metrópole; mas se descontarmos deste numero as forças de guarnição de terra e mar quasi exclusivamente compostas de portugueses reinoes como dantes lá nos chamavam, resta-nos uma minoria de poucos centos de portugueses europeus que quasi na totalidade desempenham cargos do governo.
A emigração macaista vem acentuando-se há muitos anos «tendo como causa principal a progressiva escassez de meios de trabalho que Macau oferece aos seus naturaes»… (…)…regista um total de 4100 indivíduos espalhados por diferentes pontos do oriente, desde o Sião ao Japão, sendo os principais centros, Shangai (com 1830) e Hong Kong (com 1670)...”
Sobre Jaime do Inso ver post anterior “LEITURA- CÊNAS DA VIDA DE MACAU” (1)
(1) https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/01/10/leitura-cenas-da-vida-de-macau/