Na continuação do POST «O CASO DA RUA VOLONG (I)», referente ao livro do mesmo nome (1), retirei alguns trechos que considero de interesse ou “curiosos”.
Pág. 17: “Quando chegara a Hong Kong tinham-lhe indicado o Macao Hong Kee´s Hotel, que no Tourist´s Book vinha anunciado: « A perfectly new Building -30 bedrooms – A confortable family Hotel – Five minutes from  the steamer Wharves – Every thing of the Best – Charges very moderate.»


NOTA:

O “Hong Kee´s Hotel”  ou «Hing Ki»  como é chamado no livro foi o Hotel HING KEE,  inaugurado em  1880. Posteriormente rebaptizado Hotel Macao em 1903 e depois Hotel Riviera (1927) (2) 
Imagem retirada de Macau, Portugal no Oriente”, edição da Agência-Geral do Ultramar, 1964, p. 15
Pág 21 : “E o seu olhar, relanceando distraído pela Praia Grande, fixou-se nas casas, caiadas de côres alegres. Via o edifício do Correio, com a galeria em pórtico de colunas baixas; via o Palácio das Repartições, ex-Palácio dos Governadores, o antigo prédio luxuoso da Baronesa do Cercal; e os prédios sucediam-se para um e outro lado do «Hing-Ki» acompanhando acurva da Baía até acabar nas verduras do arvoredo lustroso do jardim Público onde, por entre a ramaria baixa, se descortinavam as persianas das janelas do Grémio Militar, e, por fim, a negrura dos baluartes da histórica Fortaleza de S. Francisco”
Pág 60: “Contornaram o sítio da Areia Preta, tão preferido na época do banhos. Lá estava a  barraca do bufete do Teobaldo Jorge Colaço, que servia de potinière durante a exibição dos maillots à moda inglesa e americana e que escandalizavam as macaístas…”
Pág 149: “Primeiro, um passeio simples: – Praia Grande, Ruínas de S. Paulo, Gruta de Camões, Jardim de S. Francisco, Clube Militar – e à noite, uma volta pelos Fan- Tans.  Se quizesse demorar-se, começaria por um banho de mar na Areia Preta, seguiria em visita aos Jardins do Seminário de S. José, ao Clube de Macau, ao Palácio do Governador, Fábricas do ópio, do tabaco, das sêdas, ouvir a missa das onze na Sé, a orgão, visitar a Igreja de SA. Domingos, o Leal Senado, as Repartições Públicas, o Hospital Militar, o Farol, os jardins da Casa de campo do Lucau, iria tifinar a um restaurante chinês e, depois, seguiria para a Ilha Verde, cerrada de arvoredo, habitada  por pescadores, com a Fábrica do Cimento, e a casa de campo do senhor Bispo

(1) BRUNO, Emílio de San – O Caso da Rua Volong, scenas da vida colonial. Lisboa, 1928. Tipografia do Comércio, Oficina Gráfica Lda. , Rua da Oliveira (ao Campo), 8, 414 p.
(2) Sugiro sobre este tema,  uma leitura ao “Hotel Riviera” de Henrique de Senna Fernandes (pp. 215-232) in SENNA FERNANDES, Henrique de – Hong-Há, Instituto Cultural de Macau, 1998, 275 p. , ISBN-972-35-0269-0