“CREPÚSCULO”
do Pe. Benjamim Videira Pires
Poema de 1916 (?) publicado no livro «Descobrimento» (1) (2)
«A tarde desce, desce lentamente,
como flor que se inclina ao sol de Agosto.
Anda nos ares um perfume a mosto
e vem das lides a cantar a gente.
A tarde desce, desce lentamente…
– Ai como é doce a hora do sol-posto ! …
Ardem brasas no lar e, em cada rosto,
brilha a oração humilde, luz do crente.
Ao longe, nas colinas da cidade,
rezam connosco as Horas da Saudade
sinos de ermidas brancas de cristal.
Até parece, ao vir a noite escura,
que a Virgem Mãe embala com doçura
este berço de Oriente e Portugal. »
Do mesmo livro (2) (p. 191), a foto “Pôr do Sol na Baía – Barcos chineses”
(1) O livro de poemas «Descobrimento» de Benjamim Videira Pires foi publicada por – Macau : Religião e Pátria, em 1958. – 96 p. ; 19 c, segundo
http://memoria-africa.ua.pt/searchRecords/tabid/166/language/pt-PT/Default.aspx?q=AU%20pires,%20benjamim%20videira
(2) Retirado do livro Antologia da Terra Portuguesa (n.º 16) (pp. 190-191): “O Ultramar Português, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Macau e Timor“ , com introdução, selecção e notas de Luís Forjaz Trigueiros. Livraria Bertrand , 1963, 242 p.
[…] – Anterior poesia do Padre Videira Pires, “Crepúsculo” no “post”: https://nenotavaiconta.wordpress.com/2012/01/22/poesia-crepusculo/ (1) PIRES, Benjamim Videira – Espelho do Mar. Instituto Cultural de Macau, 1986, 57 p. + […]